quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Entidades Ciganas

 Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente como "encantadas".
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo era confundidos como entidades espirituais que vinham como Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira.
Existem Exus e Pombas-Giras que trabalham com nomes Ciganos, mais não são ciganos. Só utilizam estes nomes, que puxam a linha vibratória dos CIGANOS para seus trabalhos. Hoje, consideramos dentro da Umbanda Ciganos puros, todos os ciganos e ciganas que tiveram sua origem quando encarnados CIGANOS que tem seus costumes na sua origem. O culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades. Mais estão enquadrados dentro da linha de Exus e Pomba-Giras chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas “em algumas casas” e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo  cigano, o amor incondicional à proteção da natureza. Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita (Lado positivos), pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda (lado negativo), são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.
Ciganos na Umbanda são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.
O cigano em geral tem seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espirituais.
Os ciganos, dentro da ritualística Umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú

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