sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cigana Pablo Ramirez

 

Este cigano é natural da Turquia, e é do clã ligado a Cigana Yasmim, trabalha sob as suas diretrizes e conselhos. Foi em vida um grande comerciante de tapetes, provavelmente um Horahanê, teve uma vida bastante atribulada.
Desde pequeno seu pai havia falecido numa viagem que fez ao Egito, para trazer artigos de venda para seu comércio que foi anos depois herdado por Pablo. Seu pai, um horahane, buscou na Espanha, a mulher (a Cigana Violeta) de sua vida e mãe de Pablo, havia ensinado ao pequeno que independente de Clã, devia ele tomar conta de sua mãe e das mulheres que entrassem em sua vida, poupando-as dos perigos que por ventura a vida apresentasse. Assim logo depois de crescido passou a fazer as viagens por todo oriente para comprar artigos de venda.
Tinha um bom gosto incomum. Assim como a mediunidade que lhe proporcionava uma intuição ímpar, além de ter aprendido com os pais sobre os sinais do tempo, o que lhe servia de bússola e alento em sua vida.
Quando fez 42 anos, já considerado bem idoso para a época, ele resolveu preparar seu filho, que já havia feito várias viagens com ele para lhe suceder, ficando na Turquia. Assim foi feito. Nesta época ele já era viúvo, e mesmo sem ser assíduo, freqüentava as festas dos clãs amigos em toda a Turquia. Um dia ele conheceu uma cigana, já monisha (casada), que se apaixonou por ele, apesar de seu jeito sempre sério. Mas justamente por ser um homem de tão poucas palavras que a encantou. Ele também a achou muito encantadora e ficou muito pensativo quanto a isso por se sentir um homem ainda novo, jovem e viril. Mas serio como era logo rechaçou a idéia de trair. Por mais que ela lhe fosse atraente, por mais amor que sentisse.
Pablo era um homem muito ilibado. Ela o tentou, indo em seu comércio, demonstrou interesse e posteriormente amor. Ele por mais que sofresse, não deixou que ela soubesse que ele lhe tinha bem querer. Isso o machucou por dentro, deixando-o ainda mais recluso. Ficando bastante fragilizado. Uma amiga dele que apesar de não saber, sentiu que ele não estava bem,  o convidou para aperfeiçoar seus conhecimentos em reuniões de estudos iniciáticos. Ele se aprofundou tanto que começou a ser considerado padrinho da abertura de caminhos, com vigor e alegria. Conseguindo sanar a dor daquele amor, que como ele dizia aos mais íntimos: “Eu marquei um encontro, mas cheguei fora da hora”. Sendo assim, conseguindo plenitude e tendo seu filho para tomar conta dos negócios, cada dia se aperfeiçoava mais, estudando todos os tipos de magia, da iniciática cigana atá a magia cerimonial dos mestres franceses. Foi também um dos fundadores da “Vurda Trijda” (O Terceiro Clã), que é uma sociedade secreta de ciganos, composta somente por homens, praticantes de bruxedos, vestem negro nos rituais, e que desvendam o funcionamento das forças naturais. Isso o fez grande mago.
E por este motivo de ser conhecedor destas forças, e lembrando dos ensinamentos de seu pai, fez-se protetor, das mulheres, crianças e estudiosos de magia, principalmente os oraculadores, orienta também as mulheres. Sendo conselheiro de clãs de ciganas, que são especializadas em magia natural. A aparência, a imagem de homem forte impressiona, apesar da idade.
Tem jeito sério, mesmo quando alegre, altaneiro e pouco falante, quando seus protegidos necessitam, ele penetra no campo mental, com leveza, mas de forma marcante. Seu ditado favorito é: “Tive erros e acertos, e às vezes me arrependi sim, não tenho compromisso de marcar erros”, assim é o jeito de Pablo Ramirez, simples, claro e fidedigno como um cigano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário